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Foto do escritorMauro Roberto Martins Junior

Wall Street compara momento da Apple com início da queda da Nokia


Embora Wall Street tenha um certo "ressentimento" com as empresas tech da Costa Oeste, análises como esta sempre impactam o valor de mercado das companhias.

Mais de uma dúzia de analistas de Wall Street reduziram suas metas de preço em relação às ações da Apple após o banco Goldman Sachs publicar nota sombria em que compara o declínio das vendas do iPhone com o colapso da Nokia há mais de uma década.


As ações da Apple fecharam a quinta-feira em US$ 142,19, uma queda de 10% que representa seu pior dia em um ano. O despencar das ações deve-se ao fato de Tim Cook ter alertado os investidores na quarta-feira de que a Apple provavelmente reportaria vendas de US$ 84 bilhões durante o trimestre, o que é pelo menos US$ 5 bilhões a menos do que a Apple esperava.


Cook culpou em grande parte o declínio no colapso das vendas do iPhone na China.


O desempenho da Apple atingiu os mercados mais amplos e pesou sobre alguns dos seus maiores fornecedores, incluindo os fabricantes de chips do Vale do Silício, Advanced Micro Devices, e a Intel, que caíram 9,4% e 5,5%, respectivamente. A Lumentum Holdings, sediada em Milpitas e que fabrica componentes de fibra ótica para dispositivos da Apple, caiu 8,4%.


A queda da Nokia


"A Nokia viu uma rápida expansão das taxas de reposição no final de 2007, muito além do que qualquer previsão linear teria previsto", escreveu Rod Hall, analista do Goldman Sachs, em nota aos investidores, segundo a CNBC. “Além da China, não vemos fortes evidências de uma desaceleração do consumidor em 2019, mas só sinalizamos para os investidores que acreditamos que as taxas de reposição da Apple estejam muito mais sensíveis à macro no momento atual, já que a empresa está se aproximando da penetração máxima do mercado para o iPhone.


No final de 2007, a Nokia detinha aproximadamente 49,4% do mercado de smartphones no mundo e seus investidores acreditavam que os consumidores continuariam mantendo a Nokia em um cronograma regular de substituição. Mas o poderoso gigante finlandês deixou de reconhecer que seus produtos haviam atingido o pico e que perderiam espaço para o iPhone, lançado em 2007, e os telefones Android de baixo custo, que apareceram em 2008.


A justificativa dos analistas


A Goldman Sachs cortou sua meta de preço da Apple de US$ 182 por ação para US$ 140.

Os analistas rebaixaram as ações de “comprar” para “segurar” ou “neutro”.


"Nós rebaixamos para "segurar", já que os negócios da Apple na China parecem estar se deteriorando rapidamente, com as perspectivas revisadas para o iPhone materialmente piores do que as nossas [estimativas] abaixo do consenso", escreveram. “Ainda achamos que a Apple pode construir um enorme negócio de serviços ao longo do tempo. Mas [a Apple] não perdeu [sua orientação] em anos, então a extensão dessa falha sugere que ela está navegando em águas inexploradas.”


Cenas dos próximos capítulos


A Apple planeja divulgar seu mais recente relatório de lucros nas próximas semanas, mas fez um alerta aos investidores antes, na esperança de amortecer o golpe. É a primeira vez que a empresa divulga um alerta de ganhos desde o lançamento do iPhone, informa a Reuters.


Em outubro, a fabricante do iPhone foi a primeira empresa do mundo a atingir a marca de valor de avaliação de US$ 1 trilhão. Desde então, ela foi eclipsada pela Amazon.com, pela Microsoft e, na quinta-feira, deve ficar atrás da Google, da Alphabet, Inc.

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